segunda-feira, 1 de junho de 2009

Greenpeace

Relatório do Greenpeace mostra como, mesmo que involuntariamente, grandes empresas mundiais do setor de alimentos, vestuário e automobilístico contribuem com o desmatamento da Amazônia. Vale a leitura de trecho da Matéria do JB.

O levantamento de três anos, que recebeu o nome de "A farra do boi", realizado pelo instituto relaciona Nike, Adidas, BMW, Gucci, Timberland, Honda, Wal Mart e Carrefour ao desmatamento da floresta brasileira.

De acordo com o relatório do Greenpeace, o BNDES também contribui com o desmatamento da floresta brasileira, ao financiar empréstimos a frigoríficos e comprar ações de empresas devastadoras.

- A maioria das empresas com as quais entramos em contato ao longo desses três anos negam que comprem produtos, como couro de animais mortos ilegalmente na Amazônia. Eles compraram fora do Brasil ou em outro estado. Mas a partir de agora, estão avisados e vamos pressioná-los para tomarem atitudes responsáveis nesse sentido - afirmou André Muggiati, coordenador de Pecuária da campanha Amazônia do Greenpeace.

Maggiuti reconhece que a cadeia de compra dos fornecedores pelas empresas é "longa e complexa", passando muitas vezes por outros estados brasileiros e países, como o Vietnã.
- Antes eles tinham o benefício da dúvida. Por isso não podemos afirmar que eles sabem de onde compram, quem eram os fornecedores - disse o coordenador da ONG.

Segundo o Greenpeace, a política do governo Lula de produção de pecuários em geral, através de financiamento públicos recentes aos frigoríficos JBS, Marfrig e Bertin, contribui com a ocupação de cerca de 80% de toda área devastada na Amazônia.

- Não é mais admissível que as empresas façam produto sujo. Existe uma grande preocupação no mercado, inclusive de acionistas dessas grandes empresas, com relação a isso.
Os dirigentes do instituto prometeram pressionar o governo e as empresas para mudarem de atitude em relação ao incentivo do desmatamento na Amazônia. O Greenpeace também criticou a Medida Provisória 458, adotada em fevereiro desse ano pelo governo, que prevê a regularização fundiária de mais de 60 milhões de hectares de terras.

- Essa MP foi editada pelo deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), de Marabá, uma das regiões mais devastadas. E a relatora é a a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Infelizmente, uma medida tão importante está na mão dos ruralistas. É preciso que uma medida tão importante seja discutida pela sociedade - disse André Maggiuti, que promete novas manifestações do Greenpeace.

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