quarta-feira, 15 de abril de 2009

A crise no Rio de Janeiro

Uma crise econômica como esta que estamos vivendo leva impactos a todos os setores econômicos, no setor industrial o impacto é imediato, o motivo é simples, as plantas industriais são muito caras e o custo do estoque também, logo com as vendas em queda o gestor industrial tem apenas duas contas a fazer, a saber:

A primeira é o custo de manter o capital variável (em geral mão de obra e matéria prima) subutilizado ou parado (exemplo de férias coletivas) somado ao custo de manutenção de um nível de estoque acima do ponto de equilíbrio.

A segunda opção é o custo de cessar temporariamente a produção, mandar empregados embora e recontratar no futuro quando a economia aquecer (nesta segunda hipótese os custos são em geral a rescisão contratual, manutenção preventiva de maquinas e equipamentos e custo de recontratação de mão de obra).

Bem, sendo o custo da segunda opção menor que o da primeira, a decisão, na maioria dos casos, é a demissão de funcionários. Com isso a crise só se agrava, como uma bola de neve.

Por fim, como a industria é a primeira a sentir, é normal que estados industriais sejam os primeiros a ser afetados, no Brasil o caso específico de São Paulo, porém não se enganem, logo em seguida, em cadeia, vem o setor de comércio e serviços. Estes setores conseguem inicialmente se adequar, possuem margem para isso e investimentos imobilizados menores que a industria, porém o desaquecimento da demanda desmonta, a médio prazo essa "blindagem inicial".

A crise começou em setembro/outubro de 2008, nos meses subsequentes São Paulo sentiu de imediato com suas industrias, o Rio de Janeiro é um estado prioritariamente produtor de comércio e serviços, os efeitos, infelizmente, estão começando a aparecer.

Segue abaixo notícia sobre o andamento do comércio em fevereiro e março de 2009, fonte Fecomércio-RJ.

Os preços do comércio varejista da cidade do Rio de Janeiro registraram queda de 0,19%, em março, após apurar recuo de 0,07%, no segundo mês do ano, segundo o Índice de Preços do Comércio Varejista Amplo, aferido pela Fecomércio-RJ.

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