quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Fuga de Cérebros"

Um dos maiores problemas da América Latina é a chamada "fuga de cérebros", profissionais brilhantes que são captados pelo mercado internacional, muita das vezes antes de seu ingresso no Mercado de Trabalho, ainda na faculdade, seja graduação, mestrado ou doutorado. Muitos estudam a vida inteira nas FEDERAIS, com dinheiro público e o mercado de trabalho não absorve com a qualidade do emprego que deveria, em suma, muita das vezes, "financiamos o mercado de trabalho alheio".


A maioria desta "fuga de cérebros" no Brasil é oriunda das universidades existentes no Rio de Janeiro, a princípio parece um problema distante mas está mais perto de nós do que imaginávamos.

Relatório do Sistema Econômico Latino-americano e do Caribe, com sede em Caracas diz que esse problema está se acentuando.

De acordo com o estudo, o total de latino-americanos qualificados que vivem nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) passou de 1,92 milhão em 1990 para 4,9 milhões em 2007 --uma alta de 155%.

Isso equivale a dizer que 11,3% da mão-de-obra qualificada da região vivia em um país rico em 2007.

No México, país que iniciou um tratado de livre comércio com os Estados Unidos em 1994, esse aumento foi de 270%.

O segundo maior aumento percentual foi registrado no Brasil: 242%. Mas, proporcionalmente, as maiores taxas de emigração qualificada da região são registradas nos países pequenos.

O secretário permanente do Sela, José Rivera Banuet, disse à BBC que, como 60% dos migrantes que saem para os países ricos acabam trabalhando em áreas diferentes de sua formação, os conhecimentos desses indivíduos acabam perdidos para os países de origem e desperdiçados nos países de destino.

"Um dos desafios é o de encontrar um equilíbrio entre as necessidades nacionais de reter os especialistas em certas profissões ao mesmo tempo em que se desenvolve a cooperação com os países de destino", afirmou.

O número de brasileiros qualificados trabalhando nos países da OCDE saltou de 63 mil em 1990 para 218 mil em 2007. Mas a situação brasileira preocupa menos os autores do estudo, porque o total de pessoas qualificadas no Brasil ainda é bastante grande.

Nenhum comentário:

Postar um comentário