A indústria continuou registrando queda significativa em abril, em relação ao ano passado, com a maioria dos setores fortemente abatidos, sobretudo o de bens de capital, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da produção industrial brasileira ter registrado crescimento de 1,1% de março para abril, a quarta alta consecutiva frente ao mês anterior, teve queda de 14,8% em relação a abril de 2008.
Na comparação mensal, o avanço ainda foi menor do que o esperado pelo mercado.
"Além da elevada base de comparação, vale ressaltar a influência do menor número de dias úteis em abril de 2009 (20) frente abril de 2008 (21)", afirmou o IBGE em nota.
A redução da atividade também foi forte nos primeiros quatro meses de 2009, de 14,7%. Nos 12 meses terminados em abril, a taxa foi negativa em 3,9%, a mais baixa desde junho de 1996 (-4%).
Ante abril de 2008, dentre os 27 setores pesquisados, 24 registraram recuo na atividade, como veículos automotores (-24,8%) e máquinas e equipamentos (-32,3%). Mantendo a mesma base de comparação, todas as categorias de uso apresentaram queda, com destaque para bens de capital (-29,3%), "que ao assinalar o maior recuo desde março de 1996 (-31,7%) registrou ritmo de queda bem superior ao da indústria geral (-14,8%)".
Na passagem de março para abril, 16 dos 27 ramos pesquisados pelo organismo verificaram aumento no ritmo da atividade industrial. Entre eles, o desempenho de maior importância para o resultado global veio de veículos automotores (3,3%), que após forte ajuste de estoques feito no final do ano passado, acumulou avanço de 61,1% frente a dezembro de 2008, estimulado, principalmente, pela maior produção de automóveis.
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