sábado, 25 de abril de 2009

Emprego

Os dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) divulgados pelo IBGE para março começa a demonstrar os efeitos da crise no país. O desemprego aumenta pelo terceiro mês consecutivo, os jovens são os mais afetados, assim como os empregados com maior escolaridade.

Segue reportagem do JBONLINE

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil avançou para 9% em março em relação a fevereiro. Responsável pelo levantamento, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que o mau desempenho do mercado de trabalho no mês passado afetou principalmente os trabalhadores com maior escolaridade.

A taxa é a maior desde setembro de 2007, quando ficou no mesmo patamar.

Essa é a terceira alta consecutiva do número de desempregados no país. Em relação a março do ano passado (8,6%), o índice aumentou 0,4 ponto percentual. O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados ficou estável, em R$ 1.321,40, frente a fevereiro. Na comparação com igual período em 2008, foi constatada alta de 5%.

Escolarizados sentem mais

O contingente de desocupados totalizou 2,1 milhões de pessoas nas regiões pesquisadas. Isso indica alta de 7,3% em relação a fevereiro e aumento de 6,7% na comparação com março de 2008.

A população ocupada somou 21 milhões de trabalhadores – uma alta de 9 mil pessoas na comparação com fevereiro. De acordo com o IBGE, o aumento, em termos percentuais, indica estabilidade. Em relação a março de 2008, houve acréscimo de 148 mil pessoas.

O desemprego atingiu, em março, os trabalhadores com maior escolaridade, constatou o instituto. A Pesquisa Mensal de Emprego mostra que o desemprego entre os trabalhadores com menos de oito anos de estudo ficou praticamente estável, ao variar de 7% em fevereiro para 7,1% no mês seguinte.

Já a taxa de desocupação entre os trabalhadores com oito a 10 anos de estudo chegou a 11,3% em março, ante 10,3% no mês anterior. Entre a população economicamente ativa com mais de 11 anos de estudo, a taxa de desemprego ficou em 9,2%, frente a 8,6% em fevereiro.

– Isso pode estar relacionado às atividades que as pessoas de maior escolaridade exercem.

Houve muitas demissões na indústria. Existe também a possibilidade de estarem cortando os salários mais altos – explicou o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo.

Jovens são os mais afetados

O especialista destacou que os trabalhadores mais jovens são os mais afetados pelos efeitos da crise no mercado de trabalho. Geralmente, essa parcela da população representa a maior parte dos desempregados. Em março, 21,1% desse contingente estavam sem emprego, o maior nível desde agosto de 2007. Em fevereiro, a taxa tinha ficado em 18,9%.

– Na maior parte, são pessoas que estão tentando se inserir no mercado de trabalho, sobretudo jovens que encontram barreiras, não só pelas empresas que não contratam nesse período de crise, mas também pela falta de qualificação e experiência – explicou.

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