sábado, 25 de abril de 2009

Itaperuna

Hoje conheceremos um pouco da história do principal município do Noroeste Fluminense, estamos falando de Itaperuna, boa leitura a todos.

Itaperuna fazia parte da capitania de São Tomé, posteriormente chamada de“Paraíba do Sul”, concedida ao fidalgo luso Pero de Góis por Alvará de 10 de março de 1534. Durante dois séculos a área conhecida como “Sertão da Pedra Lisa” permaneceu inexplorada até que alguns colonos começaram a explorar a região e se fixaram na parte leste do município, perto da barra do córrego São Domingos.

Por volta de 1830 instalou-se na área o desbravador José Lannes Dantas Brandão (ou José de Lana Dantas Brandão), que fundou a fazenda de Pôrto Alegre com iniciativas que passaram a atrair população para o núcleo pioneiro do futuro município.

Esta cidade se chamou "Pôrto Alegre" até 1885, ano em que foi elevada à categoria de Vila de
Itaperuna, na freguesia de Natividade do Carangola, pelo Decreto nº 2.810.

A atividade econômica predominante foi a criação de gado que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões mas, a partir do final do século XIX, com o advento da economia cafeeira, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme, promovendo um desenvolvimento acelerado da região.

Os trilhos da Estrada de Ferro Carangola chegaram e a inauguração de seus serviços ocorreu em 25 de junho de 1883, com a presença de D. Pedro II.

Em 1887, o Decreto nº 2.921 cria a freguesia de São José do Avaí, tendo por sede o arraial de Pôrto Alegre, desaparecendo, portanto, essa designação. Igualmente desapareceu a designação de "São José do Avaí" em 6 de dezembro de 1889 em virtude do Decreto número 2, passando a localidade a se chamar "Itaperuna", e elevada à categoria de cidade. Sua emancipação deu-se com a edição da Lei Provincial nº 2.810, de 24 de novembro de 1895.

O desenvolvimento da economia cafeeira na área foi responsável pela concentração de atividades comerciais e de serviços na cidade de Itaperuna, que passou a desempenhar funções de centro sub-regional do Norte Fluminense.

O declínio da atividade cafeeira fez com que a região passasse a sofrer fortes efeitos regressivos.

A pecuária de corte desenvolveu-se, então, voltada para o abastecimento dos grandes matadouros e frigoríficos, implantando-se posteriormente a produção leiteira, estimulada pela presença da fábrica de leite em pó Glória na sede municipal.

A área municipal atualmente não abrange a mesma base territorial da época da criação, que se estendia aos atuais municípios de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula. Porém, sua importância permanece na região.

A cidade teve o núcleo inicial em torno da linha da estrada de ferro, à margem esquerda do Rio Muriaé. Hoje, ambos os lados do rio estão ocupados pela malha urbana.

1 - Fontes: Estudos para o Planejamento Municipal – SECPLAN/FIDERJ – 1978 e Abreu, A. “Municípios e Topônimos Fluminenses –
Histórico e Memória”. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994 e sítio www.itaperunaonline.com.br.

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