domingo, 26 de abril de 2009

Transporte de Massa

Reportagem do OGLOBO de hoje demonstra que o povo carioca e fluminense, que depende do transporte de massa, sofre todos os dias, os serviços foram concedidos no fim de 1998, desde então tivemos quase 11 anos de Goveno, todos do PMDB, com Garotinho (logo foi para o PMDB), Rosinha e agora Cabral. Sem querer entrar no mérito político tento entender como pode as concessionárias ganharem rios de dinheiro, os reajustes de passagem acontecerem todo ano, a demanda ser maior que a oferta e o serviço não melhorar...é difícil de entender.

Vou fazer uma analogia simploria, pense que uma pessoa ganhou a concessão para vender pipoca no Maracanã, ele é o único pipoqueiro dentro do Estádio, sempre tem fila, não precisa buscar cliente, sempre que o ingresso aumenta ele também aumenta o preço da pipoca, seus lucros são constantes e sustentáveis, a única coisa que ele prometeu quando ganhou a concessão era fazer uma pipoca cada vez melhor, o que aconteceu, como só ele pode vender pipoca no Maracanã não se preocupa em melhorar a qualidade de seu produto, como o "dono" do Maracanã não cobra de forma incisiva, com autoridade, a melhora na qualidade da pipoca, os torcedores continuam comendo uma pipoca ruim.

Pois bem, em nossa analogia o "dono" do Maracanã é o Cabral, o pipoqueiro a Supervia e as BarcasSA e o Metrô, a pipoca é o serviço e os clientes continuam os mesmos, eu, você, todos nós. A única diferença é que, infelizmente, precisamos do serviço de transporte todos os dias, diferente da pipoca que é só em dia de jogos...

Pipocas a parte, segue reportagem do OGLOBO ONLINE.

RIO - A análise dos contratos de concessão dos três serviços de transportes de massa do Rio de Janeiro - barcas, trens e metrô - mostra que, nem de longe, eles foram cumpridos, informa o repórter Dimmi Amora na edição deste domingo do Globo.

Desfigurados ao longo dos últimos dez anos, os acordos entre o governo e os vencedores das concorrências prometiam maior oferta, com conforto e regularidade. Mas, sem os investimentos previstos, os mais de 1,1 milhão de usuários transportados por dia atualmente têm passado sufocos rotineiros.

A concessões foram realizadas em 1998, último ano da gestão do governador Marcello Alencar. Os três sistemas somados não transportavam nem 500 mil pessoas por dia, vinham se deteriorando e sugavam anualmente US$ 400 milhões dos cofres públicos para serem mantidos.

No metrô e nos trens, o governo passou o serviço à iniciativa privada, que cuidaria da manutenção. Os investimentos (novos trens e estações) seriam por conta do governo. Nos trens, parte dos investimentos seria da empresa.

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