quarta-feira, 29 de abril de 2009

Itaguaí

Hoje vamos conhecer um pouco da história de Itaguaí, boa leitura a todos.

O início do desbravamento do atual território do município de Itaguaí data de meados do século XVII. Os jesuítas lançaram as bases da futura povoação em terras compreendidas entre os Rios Tinguaçú e Itaguaí, para catequizar os índios Tupiniquins da região, que inicialmente achavam-se fixados na ilha de Jaguaranenon.

Mais tarde transferiram-se para a ilha de Piaçavera, atual Itacuruçá. Posteriormente, os missionários verificaram que as terras da Fazenda de Santa Cruz melhor se prestavam para
aldeamento, para lá se mudando com os indígenas, onde erigiram templo dedicado a São Francisco Xavier, inaugurado em 1729.

De origem Tupi, Itaguaí seria a junção de duas palavras (Ita + Guay) que significaria “lago entre pedras” ou ainda uma derivação da palavra Tagoahy, que quer dizer “água amarela”. Para confirmar esta segunda hipótese, é de se observar que existia um aldeamento dos jesuítas chamado de Taguay que possuía este nome justamente porque a água captada no local possuía uma tonalidade amarelada.

Em 1818 a área é emancipada, com a edição de Alvará de 5 de julho, e elevada à categoria de vila com a denominação de Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí, cujo município foi desmembrado de territórios do Rio de Janeiro e de Angra dos Reis, e instalado em 11 de fevereiro de 1820.

Dotado de terras férteis, o município de Itaguaí desfrutou, no século XIX até 1880, de fortes atividades rurais e comerciais, exportando cereais, café, farinha, açúcar e aguardente em grande escala. Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos, ocasionando terrível crise econômica. Esse fato, aliado à falta de transporte e à insalubridade da região, fez com que desaparecessem as grandes plantações, periódicas ou permanentes.

O abandono das terras provocou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a e paralisando por várias décadas o desenvolvimento econômico da região.

A passagem da antiga rodovia Rio-São Paulo pelo território do antigo distrito de Seropédica e a instalação da indústria têxtil no antigo distrito de Paracambi, aliadas às obras de saneamento da Baixada Fluminense, possibilitaram ao município readquirir sua antiga posição de prestígio.

Em 1938 foram iniciadas, em Seropédica, as obras do Centro Nacional de Estudos e Pesquisas Agronômicas, onde hoje funciona a Universidade Rural.

O município permaneceu sem expressão até três décadas atrás. A abertura da rodovia Rio-Santos mudou o cenário, facilitando o deslocamento entre diversos municípios próximos.

A instalação do porto, mais conhecido como Porto de Sepetiba, fez com que Itaguaí ingressasse de vez no ciclo econômico do Estado. Recentemente, Paracambi desmembrou-se de seu território e Seropédica também tornou-se município em 1997.

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