A imprensa da destaque hoje ao desempenho do Rio de Janeiro na prova do Enem 2008, é o Estado que mais tem escolas entre as 100 primeiras (total de 29), o tradicional colégio São Bento, também no Rio de Janeiro, continua em primeiro lugar.
Bom para o Estado do Rio de Janeiro, melhor ainda para os donos de escola particular, e também para poucos privilegiados que podem pagar mensalidades que variam entre R$1200,00 e R$ 2000,00.
O resultado divulgado pelo MEC também mostra dados alarmantes, e a imprensa não demonstrou ênfase a esses dados, qual seja, 12 estados -todos os da Região Norte, dois do Centro-Oeste e três do Nordeste -, não tiveram nenhum colégio com pontuação suficiente para figurar entre os cem primeiros colocados. Essa realidade espelha a disparidade educacional que temos no Brasil, ensinos equidistantes para mesmas séries escolares, isso sim é privilégio de uns e falta de oportunidade para outros, e com todo o respeito, não existe COTA que de jeito, essa definitivamente, não é a solução.
Outro absurdo, dentre as mil escolas com piores notas em 2008, 965 são estaduais. Essa informação reflete diretamente a realidade do ensino público no Brasil, quer mais, então outro dado alarmante, as escolas particulares predominam entre as cem melhores: são 83.
Das 17 públicas, 15 são federais. As duas únicas estaduais têm características que as distinguem da maior parte da rede pública: no Rio, o Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAP/Uerj); em São Paulo, a Escola Técnica de São Paulo. Ambas fazem vestibulinho para selecionar seus alunos.
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