terça-feira, 21 de abril de 2009

Nova Iguaçu

Dando continuidade ao nosso trabalho de a cada dia apresentar um pouco da história de nossos municípios, hoje, vamos viajar até Nova Iguaçu, um dos maiores municípios do Estado do Rio de Janeiro, pertencente a Região Metropolitana, inserido dentro da área denominada, Baixada Fluminense. Boa viajem a todos.


Durante o seu processo de formação, Nova Iguaçu sempre esteve sob influência direta da cidade do Rio de Janeiro e de outros municípios da Região Metropolitana, da qual faz parte.

O povoamento da planície que se estende do Rio Meriti ao Estrela (ou Inhomirim), e da baía à orla das serras, foi contemporâneo da época em que se fundou aquela cidade.

De 1566 em diante, foram-se fixando os primeiros colonos nas terras no vale dos Rios Meriti, Sarapuí, Estrela (Inhomirim) e, principalmente, o Iguaçu.

Inicialmente, o município fazia parte da capitania de São Vicente, doada a Martim Afonso de Souza, a qual, com a expulsão dos franceses em 1565, passa a domínio da Coroa Portuguesa, recebendo a denominação de Capitania do Rio de Janeiro.

A colonização da região começa pela doação de sesmarias a Brás Cubas, Antônio Vaz e Manoel Ribeiro, entre outros.

Em 1637 foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar (atual Duque de Caxias).

Alguns anos depois, foi fundada uma povoação denominada São João Batista de Trairaponga (atual São João de Meriti). Vários templos surgem e desaparecem em diversos lugares como, por exemplo, “Calhamaço”, e anos mais tarde surge um definitivo, no então chamado “arraial de Maxambomba”, atual cidade de Nova Iguaçu, recebendo a denominação de freguesia de Santo Antônio de Jacutinga.

Em 1719, foi a vez da criação da freguesia de Nossa Senhora da Piedade, também denominada Nossa Senhora da Piedade do Caminho Novo.

Durante muito tempo as lavouras de cana-de-açúcar, arroz, milho, mandioca e feijão proporcionaram aos proprietários locais a acumulação de fortunas, graças à força de trabalho escrava.

Em 1833, a povoação de Iguaçu foi elevada à categoria de vila, alcançando emancipação dada pelo Decreto Geral de 15 de janeiro de 1833, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar, sendo instalada em 29 de julho do mesmo ano.

Situada à margem direita do Rio Iguaçu, a sede da vila prosperou, de forma notável, chegando a ser considerada como um dos mais notáveis empórios da cidade do Rio de Janeiro, pois servia-a pela Baía de Guanabara, transportando seus produtos por via fluvial ou terrestre.

Ainda por alguns anos, foi notável o progresso na região. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A construção das estradas de ferro, paradoxalmente, provocou o surgimento de povoações, vilas e cidades às suas margens, enquanto localidades antiquíssimas desapareciam rapidamente.

A devastação impiedosa de suas matas trouxe como resultado funesto a obstrução dos rios, e o seu conseqüente extravasamento motivou a formação de pântanos, onde os miasmas e os mosquitos tornavam a região praticamente inabitável. As terras foram abandonadas e cobriram-se de vegetação inútil, própria de pantanais.

As condições desfavoráveis que se observavam na antiga vila de Iguaçu fizeram com que, em 1891, se transferisse a sede do município para a localidade de Maxambomba, à margem da via férrea.

Ao adquirir foros de cidade, em 1916, seu nome foi mudado para Nova Iguaçu.

A laranja aparece nas pautas das exportações desde o ano de 1891, mas o período áureo da citricultura em Nova Iguaçu foi o da década dos anos trinta (1930-1939). Nos terrenos enxutos onde, anteriormente, a cana-de-açúcar pontificou, a laranja foi plantada.

Nos terrenos de água parada, foram as olarias que entraram em atividade, em razão do barro de boa plasticidade. De 1930 a 1940, Nova Iguaçu foi chamada de Cidade Perfume, pois as laranjeiras em floração perfumavam todo o roteiro das ferrovias.

Com a Grande Guerra, as exportações foram interrompidas e os laranjais cederam lugar às
atividades industriais.

O território de Nova Iguaçu foi sucessivamente desmembrado para formação de novos municípios, caso de Duque de Caxias (que englobava São João de Meriti) em 1943; de Nilópolis, em 1947; Japeri, Belford Roxo e Queimados nas décadas de 80 e 90; e Mesquita, em 2000.

1 - Fontes: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXII – IBGE, 1959
; Abreu, A. “Municípios e Topônimos Fluminenses – Histórico e Memória”. Riode Janeiro: Imprensa Oficial, 1994; Revista TCE-RJ n.º 37 – Jul./Set. 97 e sítio www.turisrio.rj.gov.br/minisite/ destino.asp.

Nenhum comentário:

Postar um comentário